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terça-feira, 12 de março de 2013

Evangelho do dia: João 5,1-16.


Terça-feira da 4ª semana da Quaresma

Santo do dia : S. Luís Orione, sacerdote, fundador, +1940,  Santo Inocêncio I, papa, +417,  Santa Josefina, penitente, +1353
Leituras

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Jean Tauler 
«Queres ficar são?»

Evangelho segundo S. João 5,1-16. 
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, há uma piscina, em hebraico chamada Betzatá. Tem cinco pórticos,
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.

Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos.
Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe:«Queres ficar são?»
Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.»
E, no mesmo instante, aquele homem ficou são, agarrou na enxerga e começou a andar. Ora, aquele dia era de sábado.
Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado: «É sábado e não te é permitido transportar a enxerga.»
Ele respondeu-lhes: «Quem me curou é que me disse: 'Toma a tua enxerga e anda'.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem é esse homem que te disse: 'Toma a tua enxerga e anda'?»
Mas o que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus se tinha afastado da multidão ali reunida.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.»
O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.
E foi por isto, por Jesus realizar tais coisas em dia de sábado, que os judeus começaram a persegui-lo. 



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo 
Sermão n.º 8, para a primeira sexta-feira da Quaresma


«Queres ficar são?»
Esta piscina [...] representa a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, completamente digno de amor, e a sua água agitada o sangue bendito do Filho de Deus bem-amado, Deus e homem, que nos lavou a todos com o Seu sangue precioso e que, por amor, quer igualmente lavar todos aqueles que se aproximem Dele (1Pe 1,19; Ap 7,14). [...] E os doentes simbolizam os homens dados ao orgulho, à cólera, ao ódio, à avareza, à luxúria, o que nos leva a entender que todos os doentes deste género, podendo lavar-se no sangue de Cristo, serão plenamente curados se entretanto descerem a essa água. Neste sentido, os cinco pórticos dessa piscina representam as cinco chagas sagradas de Nosso Senhor, nas quais e pelas quais todos fomos salvos. [...]


Nos pórticos da piscina jazia um grande número de doentes, e os que a ela descessem logo após a agitação da água ficavam totalmente curados. O que significa, então, esta agitação e este contacto com a água, senão o Espírito Santo que, descendo do alto para o homem, o toca no seu âmago e provoca no seu íntimo uma agitação tal, que o seu interior é verdadeiramente transformado e inteiramente renovado, ao ponto de não mais saborear as coisas que dantes lhe agradavam e de encontrar gosto naquilo que dantes lhe fazia horror? O menosprezo, a pobreza interior e exterior, a renúncia, a vida interior, a humildade, o despojamento de todas as coisas criadas, tudo isto lhe traz agora felicidade. Depois de entrar em contacto com essa água, o doente, isto é, o homem exterior, mergulha de cabeça e até ao fundo nessa piscina, lavando-se no preciosíssimo sangue de Cristo; e em virtude desse contacto fica definitivamente curado, como de resto está dito na Escritura: «Todos os que O tocaram ficaram curados» (Mt 14,36).

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