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sábado, 2 de março de 2013

Evangelho segundo S. Lucas 15,1-3.11-32.

Sábado da 2ª semana da Quaresma

Santo do dia : Santa Inês de Praga, religiosa, +1282,  S. Simplício, papa, +483



Evangelho segundo S. Lucas 15,1-3.11-32. 
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. 

Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Encíclica «Deus Caritas Est» §§ 12-13 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.»
A verdadeira novidade do Novo Testamento não reside em novas ideias, mas na própria figura de Cristo, que dá carne e sangue aos conceitos — um incrível realismo. Já no Antigo Testamento a novidade bíblica não consistia simplesmente em noções abstractas, mas na acção imprevisível e, de certa forma, inaudita de Deus. Esta acção de Deus ganha agora a sua forma dramática devido ao facto de que, em Jesus Cristo, o próprio Deus vai atrás da «ovelha perdida» (Lc 15,1ss.), a humanidade sofredora e transviada. Quando Jesus fala, nas Suas parábolas, do pastor que vai atrás da ovelha perdida, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro do filho pródigo e o abraça, não se trata apenas de palavras, mas de uma explicação do Seu próprio ser e agir. Na Sua morte de cruz, cumpre-se aquele virar-Se de Deus contra Si próprio, com o qual Ele Se entrega para levantar o homem e salvá-lo — o amor na sua forma mais radical. O olhar fixo no lado trespassado de Cristo de que fala João (cf 19,37) compreende o que serviu de ponto de partida a esta Carta Encíclica: «Deus é amor» (1 Jo 4,8). É aí que esta verdade pode ser contemplada. E, partindo daí, pretende-se agora definir em que consiste o amor. A partir daquele olhar, o cristão encontra o caminho do seu viver e do seu amar.


Jesus deu a este acto de oferta uma presença duradoura através da instituição da Eucaristia durante a Última Ceia. Antecipa a Sua morte e ressurreição entregando-Se já a Si mesmo naquela hora aos Seus discípulos, no pão e no vinho, Seu corpo e sangue [...]. A Eucaristia arrasta-nos no acto oblativo de Jesus. [...] A «mística» do Sacramento, que se funda no abaixamento de Deus até nós, é de um alcance muito diverso e conduz muito mais alto do que qualquer mística elevação do homem poderia realizar.

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org
 

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